quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Simplesmente escrevi

E toda a esperança qu eu tinha dentro de mim foi diluída ao desligar o telefone. Eu olhei pra lua e desejei com todas as forças superar isso. Foi o que aconteceu, assim como um milagre, naquela mesma noite eu escrevi, um grito de dor, não mais abafado; escrevi como me senti exatamente naquela hora. Cairam algumas lágrimas pela dor da perda, quase um luto, mas logo passou e tudo, toda a dor, a raiva, tudo, se transformou em forças para deixar o mundo de sonhos e esperança, o mundo da imaginação.
Desejei voltar algumas semana atrás e desfazer o que fiz por impulso, mas de nada adiantou, de nada adiantaria de qualquer forma, não se você está decidido. Senti minhas orelhas ficarem rubras... eu escrevi sobre tudo. Senti vontade de xingar, chorar de raiva, sumir, mas eu simplesmente escrevi, sobre a covardia também.
Era o final de algumas páginas escritas, o começo de uma fase nova, renovação, esse era o seu nome, mas diferente da primeira, era renovação e só. Aquela outra deu vontade de afogar. Renovação é mais bela quando se está só.
Questionar não faz sentido, só traz respostas falsas, sem intenção de serem falsas, é verdade, questionar não traz nada de volta, só leva mais e mais embora... Fica distante, tão distante que aquele casaco já não era mais o mesmo. Não tinha sentimentos, era só... um casaco qualquer, vazio. Não tinha o cheiro ou o toque, acho que nem mesmo o achei. "Não lembro qual foi a última vez que o vi" e a saudade bateu, mas se foi logo logo de tão grande que a força foi.
Eu escrevi, sim, escrevi. Sobre o que me aliviava, disse o que em um momento eu quis dizer, na verdade eu não disse... eu escrevi.